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Ataques à neutralidade da rede - que têm sido recorrentes nos dias de hoje - são ameaças à natureza aberta e descentralizadada Internet. O artigo do pesquisador norte-americano Christian Sandvig, que abre esta revista, mostra como funcionam alguns dos “pedágios” na Internet, que discriminam conteúdos em favor de interesses e motivos diversos. Edição de novembro . Ano 2008

Neutralidade da Rede e a nova via pública

Alguns usuários da Internet estão preocupados. Para muitos deles, a rede mundial significa uma capacidade de comunicar-se jamais experimentada antes. E, melhor ainda, na Internet serviços e conteúdo costumam ser gratuitos. A qualquer hora é possível encontrar, ver, ouvir e interagir com todo tipo de coisa.

Controle privado da Internet e os prejuízos para o desenvolvimento da África

“A Internet está prestes a mudar, deixar de ser uma supervia de informação livre e passar a ser controlada por grandes fortunas. Como resultado, você pode perder o seu Yahoo, Hotmail, Gmail e outras contas gratuitas de e-mail, ou elas podem tornar-se mais lentas ou pagas...”, dizia um artigo num jornal queniano em 15 de junho de 2006.

Segurança e combate ao terrorismo: uma breve análise da lei de retenção de dados na Alemanha

Imagine, leitor, todas as suas comunicações por telefone, celular, e-mail e navegação na Internet sendo registradas e armazenadas durante três anos. Refiro-me a seus dados pessoais, a origem, destino e conteúdo dos e-mails enviados, suas ligações telefônicas, dados de horários de conexão com a Internet e com servidores, etc. Essa informação toda não estaria apenas acessível a órgãos de segurança, mas também a empresas (para controlar, por exemplo, se houve violação dos direitos de propriedade intelectual), e mesmo a pessoas físicas – talvez algum desafeto, seu chefe ou algum concorrente.

Padrões abertos, interoperabilidade e interesse público

Os padrões abertos devem ser entendidos como absolutamente essenciais em um mundo cada vez mais globalizado e interligado. Os países, organizações, empresas e cidadãos interoperam continuamente uns com os outros. Para que a interoperabilidade aconteça, é necessário que todos estejam de acordo sobre a forma como esta interoperabilidade vai ocorrer. Ou seja, quanto mais padronizados forem os mecanismos de interoperabilidade, menos esforço será demandado para criarmos interfaces de interoperação – e a comunicação ocorrerá de forma mais rápida e ágil.

FCC X Comcast: muda o jogo das políticas de comunicação nos EUA

Enquanto os Estados Unidos passaram todo o verão absortos na campanha política, uma votação interessante aconteceu na Comissão Federal de Comunicações (FCC) – a poderosa, ainda que pouco conhecida, agência federal que controla as políticas de comunicações nos E.U.A. Em agosto a agência desafiou toda a sabedoria política existente em Washington DC e assumiu um posicionamento histórico para os consumidores, punindo a Comcast, a maior empresa de comunicações por cabo do país, por impedir seus assinantes de acessar conteúdos na Internet totalmente legais.

 

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